Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Um Olhar Sóbrio Sobre a Proibição aos Imigrantes de Trump e Seu Protesto

Inflado pelos principais meios de comunicação, o protesto certamente se tornou uma coisa da moda: transportar cartões que evocam o amor e nos aproximarmos contra o mal supremo Trump. Mas será que isto vai mudar realmente as coisas para o melhor? Não é esta uma abordagem um pouco superficial demais para que uma discussão séria sobre a imigração tome lugar?

Deixem-me salientar isto primeiro: Não vejo olhos nos olhos com o Partido Democrata ou Republicano. Nenhum deles representa aquilo que eu considero verdade estabilidade social. Mas a atmosfera dos media a ser criada é que alguma coisa que Trump faça é automaticamente considerado racista, fascista, insano e inaceitável. Por outras palavras, se você ama a paz, você deve odiar Trump, certo?

Se quiser considerar um olhar sério sobre a questão da proibição da imigração, além dos dramas dos media, continue a ler.

Imigração em Massa Exige Verdadeira Integração

Da minha perspectiva sobre o desenvolvimento humano, nossa maior concretização enquanto humanidade será que todas as nações se aproximem como uma família. Contudo, esse é um ideal. E sua distância da realidade precisa de ser cruzada, não ignorada. Verdadeira integração pode ser alcançada somente através de um profundo e deliberado processo de consciência e educação que vão induzir a afinidade, bem como criar metas comuns e honesta preocupação recíproca entre as pessoas de diferentes culturas. Somente então podemos nós esperar que a coexistência floresça.

O problema com as ideias sublimes do liberalismo em termos de integrar diferentes culturas é a expectativa que grandes diferenças em ensino, ideologia, comportamentos e padrões de pensamento magicamente se solucionem sozinhas. Bem, a realidade como a Europa agora conhece bem, nos mostra que não. A presente tendência de idealismo que clama para fundir pessoas de diferentes culturas e especialmente de ideologias religiosas que se tornaram extremistas nos nossos tempos, é certamente perigosa dentro também dos EUA.

Na natureza, a existência harmoniosa dos opostos reside em complexos sistemas de cooperação e comunicação que foram fabricados pela evolução durante milhões de anos para se tornarem estáveis e prósperos.

Pensar que o pluralismo pode simplesmente ser alcançado pela indulgência, coração aberto e compaixão nada é senão infantil. Também isso requer processos responsáveis e graduais, cuidadosos limites e uma verdadeira avaliação de como as políticas resultam na realidade. Ambos aspectos são necessários para criar um caminho médio que não esteja perigosamente desconexo da realidade, nem seja demasiado duro para permitir que a conexão humana evoluía.

Fundir estas abordagens opostas, que grosseiramente definem as ideologias políticas da direita e da esquerda, não é algo que seja natural para nós. Isso depende da aplicação de métodos educativos que nos ensinem como pode isto ser feito. Isto se aplica aos estados nação bem como à saúde psicológica dos casais, pais e todo o relacionamento, pois nossa anexação aos outros precisa de coexistir com nossos limites pessoais e individualismo.

Verificação da Realidade

Regressando a Trump: ele prometeu a milhões de americanos que votaram por ele dar à América suas fronteiras de novo. Ele não inventou novas leis, mas pediu ao Departamento de Segurança Interna para aplicar leis americanas existentes com força. Fortalecer as fronteiras é importante para a viabilidade de uma nação, bem como para qualquer outra coisa viva.

De facto, isso já foi feito por outras administrações antes da sua e passou despercebido. Num discurso que Bill Clinton fez enquanto presidente, disse ele, “Nós somos uma nação de imigrantes, mas somos também uma nação de leis. É errado e no final auto-destrutivo para uma nação de imigrantes permitir o tipo de abuso das nossas leis de imigração que vimos em anos recentes e devemos fazer mais para o impedir.” Vindo dele isso foi aceite como lógico, mas de Trump, isso é considerado racista e inconstitucional. Então o que está na realidade a impulsionar os manifestantes para as ruas? Está isso a ajudar os Muçulmanos carentes ou outra oportunidade para denunciar Trump?

Precisamos de ser abertos para a conexão com os outros, mas não sem os limites adequados. Sim, há necessidade de compassivo, mas esta compaixão deve se deve propagar ao seu próprio pais e povo também. O autor do comentário Sulam (Escada) sobre O Zohar, Baal HaSulam, escreve em A Nação que “aqueles que se retirarem completamente do nacionalismo e se tornarem cosmopolitas por motivos humanos e altruístas estão a cometer um erro fundamental, uma vez que o nacionalismo e o humanismo não são de todo contraditórios… o amor nacional é a base de toda a nação, tal como o egoísmo é a base de todos os seres que existem indivdualmente. Sem isso, eles não seriam capazes de existir.”

Até o Dalai Lama, que é amplamente considerado um grande humanitário, disse que os Muçulmanos não devem ser permitidos transformar países europeus em países árabes. Não é desumano colocar fronteiras, ou exigir precauções de segurança; essa é a coisa certa de se fazer. Brandura com as fronteiras abertas é uma atitude negligente para resultados futuros.

Somando a isso, ninguém está a dizer que os refugiados que estão em verdadeiro perigo não devem ser auxiliados. Mas isso não precisa de ser às custas da estabilidade social de outras nações. Há muito dinheiro e terra em países muçulmanos, que poderiam fornecer uma solução muito melhor para os milhões de refugiados. A Arábia Saudita por exemplo, tem 100,000 tendas com ar-condicionado vazias, mas ainda assim não recebe refugiados sírios. Os esforços internacionais devem ser feitos e medidas devem ser tomadas para assegurar soluções para os muçulmanos e garantir sua segurança, sem comprometer a segurança e estabilidade das nações ocidentais.

Alcançar Verdadeiro Pluralismo

Fundir diferentes culturas no mesmo território é um sério compromisso que requer preparação educativa de ambos os lados. Tal como não esperamos que o casamento ocorra no primeiro encontro, as nações devem também ficar a conhecer-se umas às outras, estudar a mentalidade umas das outras, aprender como se darem bem e somente então avançarem em conjunto.

Por todo o mundo, meus estudantes conduzem aquilo que chamaram “Círculos de Conexão,” pessoas de diferentes fundos e até aqueles envolvidos em conflitos activos tais como Judeus e Árabes, aprendem a se complementar uns aos outros e criar uma realidade compartilhada sem comprometer suas identidades. Tais práticas são cruciais para formar a coexistência que é baseada numa realidade e não em simples pensamento positivo.

Publicado originalmente no Jewish Business News

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