Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Uma Percepção Multifacetada do Mundo

Do livro “A Psicologia da Sociedade Integral”

Alguns pais proibem os filhos de jogarem tipos especificos de jogos. Há tal coisa como um jogo prejudicial e se houver, o que é?

– Um jogo é uma imitação de um estado futuro. Imitando os adultos ou inventando cenas e situações independentemente, uma criança imagina que ela está nesses estados futuso. Parece-lhe a ela que está realmente a fazê-lo.

É claro, ela não entende por que estes impulsos existem nela ou como a controlam. Eles estão instalados em nós pela Natureza para que nos possamos desenvolver e preparar para os estados futuros e nos prepararmos para estados futuros representando as mais diversas situações e nosso comportamento nelas antes do tempo. Se um jogo é correcto ou incorrecto, útil ou prejudicial, isso depende to tipo de criança que pretendemos como resultado.

Nós temos de observar muito cuidadosamente que jogos uma criança joga e com que crianças ela se associa, o que ela vê lá, o que ela percebe e entende e o que a influencia. Estes jogos tomam lugar em grupos mistos de meninos e meninas, ou os meninos e meninas jogam separadamente? As crianças têm a mesma idade? As crianças pertencem a diferentes estratos sociais? Tudo deve ser considerado.

Se nós queremos alcançar uma sociedade integral e percebemos que esta meta foi colocada ante nós pela Natureza e se sabemos que para alcançá-la temos de nos elevar acima do nosso egoísmo e estabelecer a conexão certa entre nós, nós temos de verificar se todos os jogos da criança conduzem a esse estado?

Somente os jogos que ensinam como alcançar esta meta sublime podem ser considerados úteis.

– A proibição mais amplamente aplicada pelos pais é sobre jogos de “aventuras”. Estes jogos são jogados individualmente ou em grupos e o jogador ou jogadores têm de superar vários obstáculos para avançar de um nível para o próximo. Os pais acham que este é um jogo prejudicial e proíbem jogá-lo. É realmente prejudicial? E se é, o que há de prejudicial nele?

– Eu vejo que as crianças são muito atraídas para este tipo de jogo. Na vida elas também estão constantemente a gatinhar, saltar, a superar algo e trepando para cima de algo. Isto é útil para o seu desenvolvimento físico. Se elas dejarem ver a mesma coisa num jogo virtual e se testarem a si mesmas lá, penso que é útil.

O inteiro problema reside em no que se baseia exactamente a superação da criança? Se ela atinge ou destrói alguém, ou se ela supera obstáculos junto com seus colegas, aprendendo sobre integração com os outros durante o processo?

Penso que não devemos retirar inteiramente este tipo de interacção e da necessidade de superar dificuldades. Pelo contrário, deixemos-os ficar confusos e procurarem a saída, pois isto é natural para a pessoa. Nossa inteira vida é uma busca da melhor possibilidade de entre várias e um processo contínuo de superação de obstáculos.

Não transformemos uma criança num observador passivo. É muito útil interagir com aquilo que está a ocorrer, então este tipo de jogo é necessário. O inteiro problema é o significado destes jogos, o seu conteúdo, para onde eles conduzem a criança e o que a criança obtém do jogo no final.

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