Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Purim—Não É O Vosso Halloween Judaico

Purim - Not Your Jewish Halloween, by Dr. Michael Laitman

Neste Artigo…

O Que É Purim?

Purim é um grande festival: grande medo da aniquilação, inicialmente e grande alegria depois da salvação, por fim. As celebrações neste festival são excepcionalmente grandes, dado o mandamento de consumir álcool ao ponto da incapacidade de distinguir o ímpio Hamã do justo Mordechai.

Purim é também um festival de simbolismo. A principal mensagem do festival é que na face do mais puro mal, retratado por Hamã, até a epítome do bem, retratada por Mordechai, está desesperada. A única coisa que ajuda contra puro mal é união. Quando Mordechai pede com Ester para rogar pela misericórdia do Rei, ela diz que até ela, a rainha, não os pode salvar, a menos que ele, Mordechai, reuna todos os Judeus e eles jejuam e oram por ela. Então, quando eles estão unidos novamente, ela empenha-se e tem sucesso.

De Que Se Tratam os Costumes em Purim?

Os costumes são outro costume simbólico que vale a pena salientar. Purim não é uma versão Judaica do Halloeen. Os costumes implicam a ocultação dos poderes que representam neste cenário dentro de cada um de nós.

O Que Representa o Rei na História de Purim?

No seu livro, Shamati (Eu Escutei), Rav Yehuda Ashlag, autor do comentário Sulam (Escada) sobre O Livro do Zohar, explica que o rei representa Deus.

Qual o Sentido Oculto de Ester na História de Purim?

Ester, a rainha Judaica, representa um desejo corrigido de se conectar com Deus. É por isso que ela aparece depois da Rainha Vashti corromper seus caminhos e o rei divorcia-se dela. Ela é chamada Ester (Éster em Hebraico), da palavra HebraicaHastará (ocultação), por causa da sua identidade Judaica ainda estar oculta.

Qual o Sentido do Pergaminho e o Milagre na História de Purim?

A identidade Judaica de Ester torna-se revelada somente quando ela deve agir em prol de salvar os Judeus, daí a palavraMeguilá (pergaminho/livro), da palavra Hebraica Guilui (revelar). É por isso que o enredo descrito no livro de Ester é considerado um “milagre oculto,” para salientar um milagre da revelação do poder de Deus de uma maneira oculta.

Qual o Sentido Profundo por trás de Mordechai e Hamã na História de Purim?

Mordechai representa a qualidade de misericórdia. Ele é pura bondade e não quer nada para si mesmo. Quando dois servos planeiam assassinar o Rei e Mordechai o alerta através de Ester, o Rei não recompensa Mordechai, nem pede Mordechai recompensa ou até reconhecimento por isso.

Outro elemento importante que está oculto na história é que o plano de Deus é estabelecer a qualidade de misericórdia, Mordechai, como governante do reino (mundo). Claramente, se o mundo for governado por misericórdia, retratada por Mordechai, as pessoas serão muito mais felizes que se elas forem governadas pela impiosidade, que retrata Hamã. Mas Mordechai não tem desejo de governar uma vez que ele nada quer para si mesmo. Ele fica bastante contente com o anonimato.

Para obrigar Mordechai a agir de modo a finalmente se tornar o governante, o Rei tem de introduzir uma ameaça grande o suficiente para impulsionar Mordechai para a acção, uma ameaça da destruição não só de Mordechai, mas do seu povo inteiro. Esta ameaça é Hamã, que representa o oposto da misericórdia, um desejo impiedoso de consumir e de ter e de se satisfazer sem qualquer pensamento nos outros. Abreviadamente, Hamã é puro egoísmo.

Aqui Está a Conclusão da História de Purim

O argumento de Hamã a favor de matar os Judeus é que eles não estão unidos: “Há um certo povo, espalhado e disperso.” Os Judeus tornaram-se uma nação quando eles rogaram para estar unidos “como um homem com um coração.” Hamã argumenta que eles não “mantêm as leis do rei,” que faz perfeito sentido considerando que a lei pela qual eles foram estabelecidos é que se venham a unir. Se eles estão dispersos, eles não a estão a manter. Em tal estado eles são redundantes, então Hamã diz ao rei que ele se deve livrar deles.

Os Judeus estão aterrorizados. Eles não fazem ideia de como se salvar a si mesmos, nem percebem eles o que fizeram de errado para merecer a morte. Então Mordechai vem e os reune em oração pelo sucesso de Ester na sua súplica e eles seguem-o. Ao assim fazer, eles se reúnem e se tornam uma nação uma vez mais, tal como quando eles se tornaram uma nação no pé do Monte Sinai. Isto torna o argumento de Hamã inválido, uma vez que eles não estão mais a romper a lei do rei. Naturalmente, nesse ponto o veredicto é revogado.

Os personagens nesta peça falam-nos de forças ocultas que actuam dentro de nós como indivíduos e entre nós como pessoas. Estas forças estão sempre presentes e sustentam nosso desenvolvimento espiritual. Tal como criaram Hamã nesses dias, eles criam novos Hamãs a toda a hora. Hoje há alguns bastantes em cada país e tal como então, também agora, o antídoto é união.

Então a conclusão da história de Purim é: Se nos unimos, somos salvos. Se nos esquecermos, somos ameaçados e até destruídos.

Por Quê é Costume Ficar (Muito) Bêbedo em Purim?

Isto trás-nos a grande alegria de Purim, onde somos mandados beber até que não consigamos distinguir o certo do errado. A questão é que quando nos unimos, espalhamos essa união pelo reino, ou seja o todo da criação. Ao assim fazer, nos tornamos “uma luz para as nações,” espalhando a luz da união. Quando todas as pessoas estão unidas, não há necessidade de estar vigilante ou duvidar uns dos outros uma vez que todas as pessoas são como uma. Nesse estado, até distinguir entre Hamã e Mordechai se torna redundante e a intoxicação simboliza-o.

De Que Se Tratam As ‘Orelhas de Hamã’?

As Oznei Haman ou  hamantaschen (Iídiche para “orelhas de Hamã”) representa a correcção dos desejos egoístas de Hamã assim que todas as pessoas se uniram. É por isso que elas estão cheias de recheios doces, para simbolizar alegria da união em desejos não-nossos. É por isso que oferecemos presentes uns aos outros e aos pobres, um símbolo de nossa conexão melhorada.

Para concluir, Purim é um festival que nos ensina a todos que todos os nossos votos vêm até nós por falta de união. Sem ela, somos perseguidos, tal como durante o exílio da Babilónia, durante todas as perseguições que experimentámos durante a história e tal como começamos a sentir hoje. Mas com união, estamos sãos e salvos e embriagados. Então quando nada corre certo, unam-se!

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