Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Não Haverão Vencedores na Segunda Guerra Civil

Uma apoiante de Trump se encontra no meio de uma multidão de manifestantes anti-Trump enquanto protestam no Fifth Avenue perto da Torre Trump antes da chegada do Presidente Donald Trump em 14 de Agosto, 2017, na cidade de Nova Iorque. (Drew Angerer/Getty Images)

No início da semana, o pivô das notícias da CNN Don Lemon afirmou que o presidente “está claramente a tentar incendiar uma guerra civil neste país.” Em resposta às palavras de Lemon, o historiador e antigo Orador Anfitrião de Newt Gingrich falou numa entrevista no “Tucker Carlson Tonight”: “Penso que devemos encarar a ameaça da guerra civil muito seriamente.”

Referindo-se à peça de Dennis Prager, “Segunda Guerra Civil Americana,” Gingrich acrescentou, “Aquilo que vêem com o Antifa, aquilo que vêem nos campus das faculdades, aquilo que vêem, a certa medida, na burocracia, é uma verdadeira divisão do país. …Gostava que todos cantássemos Kumbaya e nos reuníssemos mas não acho que isso venha acontecer. …Enquanto historiador, minha visão é muito directa: um lado ou o outro vence.”

A América é já tão abundante de extremistas de ambos os lados do espectro político que muitas pessoas vêem a guerra nãos ó como iminente, mas como virtualmente inevitável. Se for esse o caso, é melhor começarmos a nos preocupar a cavarmos bunkers e sepulturas.

E não só nos EUA. Uma guerra civil na América não terminará na América. Se o país mergulhar numa batalha, muitos vão competir pela pilhagem. A China, Rússia, Coreia do Norte, IRão e outros vão destruir o que quer que a guerra não destrua, o império americano passará à história e uma terceira guerra mundial, com multiplas potencias nucleares se seguirá. Não haverão vencedores pois, para citar Maquiavel, “As guerras começam quando você quiser, mas elas não terminham quando lhe agradar.”

Será que não há realmente alternativa?

Eu penso que há, ou não estaria aqui a escrevê-la. Na minha coluna anterior, salientei que o Presidente Trump precisa de assumir um tom mais apaziguador em prol de começar a construir a coesão nacional. É óptimo declarar, “Não importa a cor, credo, religião ou partido político, todos somos americanos primeiro,” mas fazer isso bem depois do atropelamento homicida de Charlottesville é a epítome do mau timing. Tais declarações devem fazer parte da rotina do presidente, não de raras ocasiões.

Trump sobressai no uso das redes sociais. Se ele usá-lo para transmtiir um fluxo constante de mensagens unificadoras, não obstante o cinismo da imprensa, ele ganhará os corações do povo americano independentemente da sua afiliação política.

Concordo inteiramente que a América requer projectos de infraestrutura massiva. Mas a verdadeira infraestrutura do país é seu povo, não suas estradas no asfalto ou linhas férreas. A administração precisa de implementar tão cedo quanto possível programas de solidariedade que criem uma identidade americana uniforme. As pessoas precisam de aprender que uma ideologia que debilite a liberdade de expressão, liberdade de prática religiosa e a liberdade de imprensa, não pode usar a Primeira Emenda para se legitimar.

Ainda mais importante, as pessoas precisam de aprender que o pluralismo de visões não é uma receita para a guerra; é precisamente aquilo que fez a grande a América em primeiro lugar. Quando pessoas de abordagens e visões diferentes almejam a mesma meta, elas estão muito mais propensas a alcançá-la. Se a meta é o bem-estar de todos os americanos, o país inteiro vai beneficiar disso e esta meta deve estar no topo da lista de prioridades de todo o americano.

Pode não parecer possível remendar os divididos Estados Unidos, mas 1) nunca ninguém tentou honestamente e 2) a outra oção é a guerra.

Com meus estudantes, desenvolvi técnicas simples e facilmente aplicáveis que criam uma sensação de união e conexão até entre as populações mais improváveis, tais como os judeus israelenses e os árabes palestinianos, ultra-ortodoxos e agnósticos devotos e entre os afluentes e os carenciados. Estas técnicas fazem maravilhas onde quer que as experimentássemos: na América do Norte, Europa Ocidental ou do Leste e em Israel.

O mundo de hoje nos empurra para a conexão. A interconexão da realidade requer que aprendamos como trabalhar num mundo onde cada um é dependente de todos os outros. Quando pensamos em termos de “um ou o outro lado vence,” não conseguimos ter sucesso pois perpetuamos uma mentalidade de separação. Isto vai inevitavelmente criar uniões de extremistas que se alimentarão do ódio do outro lado, que por sua vez conduzirá à guerra. O único modo de evitarmos esta rota é tornar a união popular.

Se isto parecer irrealista, pense no seu próprio corpo. Sem a união de órgãos radicalmente diferentes todos a trabalharem em unissono pela causa comum de o sustentar e o manter saudável, você não existiria. Portanto, a união não é irreailsta; ela é a única opção realista para a sociedade.

Quanto mais cedo fizermos da solidariedade americana o principal valor na América, melhor será para o país inteiro. Qualquer decisão que a administração Trump e o Congresso tomarem daqui para a frente deve primeiro e antes de mais promover a união e solidariedade pois essa é verdadeiramente a única opção realista.

Publicado originalmente no Newsmax

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