Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Meu Artigo No YNet: “Parece Uma Difamação Sanguinária Moderna”

A difícil história do povo de Israel não nos tornou especialistas no tratamento da doença do antissemitismo. Agora que o perigo está na porta, mas ainda existe a opção para a ação, nós devemos realizar o tratamento preventivo. Rav Dr. Michael Laitman decodifica o mecanismo que está oculto por trás do fenômeno do antissemitismo dos líderes e políticos contra a nação de Israel e nos desafia com experimentos sociais para neutralizar o ódio contra nós.

Atualmente o Canal de Notícias 10 está transmitindo uma série de documentários que revela a escala do boicote contra Israel (BDS) nas instituições acadêmicas dos Estados Unidos. Portanto, já não é só a UE ou o Ministro de Relações Exteriores da Suécia. O veneno e o ódio contra Israel também têm permeado os cidadãos do nosso melhor amigo, os Estados Unidos da América. Mais e mais estadistas, líderes políticos, acadêmicos e figuras-chave em muitas áreas, expressam livre e abertamente uma hostilidade intransigente contra Israel.

Principais Especialistas – Resultado, Nenhum

A fim de lidar com a onda de ódio virulento, Israel já recorreu a uma frente de informações, ministros, empresários e representantes de todo o mundo, e lançou campanhas de alto orçamento na Internet.

No entanto, apesar da significativa alocação de recursos, a imagem de Israel não melhorou e o problema persiste. Infelizmente, o antissemitismo está aumentando cada vez mais, a opinião pública mundial se rendeu a uma percepção anti-Israelense e o racismo contra nós está se intensificando.

(O veneno e o ódio contra Israel penetraram em todos os lugares) (Foto: citizenside.com)

O antissemitismo tem sido nossa herança há anos e nunca teve uma explicação lógica. A impressão em todo o mundo é apoiada por um forte sentimento interior de que Israel e os judeus são culpados por todos os problemas e crises no mundo. Parece que o desejo de condenar Israel, aniquilar e eliminá-lo, reside no subconsciente das nações do mundo e nos últimos tempos irrompe da boca dos altos funcionários.

O que querem de nós?

Henry Ford, um dos maiores antissemitas, publicou uma série de livretos intitulada, “O Judeu internacional”. Entre outras coisas, ele escreveu, “O judeu também tem se acostumado muito a pensar que é exclusivamente o requerente sobre o humanitarismo da sociedade; a sociedade tem uma grande reivindicação contra ele, de que ele deixe sua exclusividade, deixe de explorar o mundo, deixe de fazer grupos judaicos o fim e todos os seus ganhos, e que comece a cumprir, no sentido que sua exclusividade ainda não lhe permitiu cumprir, a antiga profecia que através dele todas as nações da terra devem ser abençoadas”. Ford é um exemplo entre muitos.

De acordo com a sabedoria da Cabalá, não há nenhuma razão para estar surpreendido. O ódio secular contra Israel está enraizado naturalmente em cada pessoa (1). Além disso, há uma conexão direta entre o ódio a Israel e o sistema de relações entre o povo de Israel. A fonte para isto tem sua origem em algum lugar por volta de 3.500 anos atrás, quando concordamos em seguir os passos de um sacerdote babilônico chamado Abraão. Abraão ensinou aos Babilônios como manter a unidade como o valor mais alto, apesar do ego que divide e leva as pessoas ao ódio mútuo (2).

Contra a força que separa, há uma força que conecta. Sua função é ligar as várias partes, conectá-las e levar à unidade. O povo de Israel é o primeiro que deve entender este processo. A conexão deve começar aqui entre nós, porque somos os iniciadores do método de conexão chamado a sabedoria da Cabalá (3). No momento que nos unirmos, uma força positiva se espalhará pelo mundo que é capaz de criar maravilhas (4).

Unindo-nos contra o antissemitismo dentro de nós

No sopé do Monte Sinai, Israel lutava com um dilema adicional quando uma escolha inequívoca foi colocada diante deles: responsabilidade mútua ou ódio infundado, tudo ou nada. Com esforço titânico, eles conquistaram a montanha de ódio e se conectaram “como um só coração”. A partir daí o caminho para a terra de Israel — a construção do Templo e prosperidade — foi curto, até que o veneno do ódio infundado varreu o povo, o Templo foi destruído, e fomos para o exílio (5).

Dois mil anos se passaram, e mesmo que tenhamos retornado à terra, ainda agimos nela como se estivéssemos no exílio. Comunidades e tribos divididas alienam uma à outra, envolvem-se em autoglorificação em vez de construir associação, enfatizando e santificando a diferença ao invés de construir o que une, e, na verdade, estão separadas de nossas raízes espirituais (6). O mundo espera que nós sejamos “a Luz das nações” (Isaías 49:6), dando o bom exemplo de um modelo de sociedade em que todos vivam em conexão e amor fraternal acima de todas as diferenças (7)

Ondas de antissemitismo moderno têm nos visitado. Elas devem ser usadas como um lembrete para nós da função imposta aos judeus de tornar o mundo unido “como um homem com um só coração”.

De acordo com a Cabalá, o antissemitismo é uma lei da natureza que pode ser medida. Vamos desafiar a nós mesmos e organizar um estudo experimental em todo o país, uma ferramenta prática, através da qual examinamos em nossa própria carne a imensidade do poder da conexão. Por um tempo limitado, vamos tentar criar e adotar uma atmosfera social, solidária e conectada nas relações entre nós, acima dos sentimentos frios, acima da alienação e da indiferença entre nós, e vamos ver como uma mudança de atitudes em relação aos outros leva a uma redução significativa no ódio em nossa direção (e melhoradas relações políticas, atitudes produtivas e amigáveis para nós no mundo) (8).

Referências:

1. “É fato que Israel é odiado por todas as nações, seja por razões religiosas, raciais, capitalistas, comunistas ou cosmopolitas, etc. É assim porque o ódio precede todas as razões, mas cada um resolve apenas sua repugnância de acordo com sua própria psicologia”. Rav Yehudah Ashlag (Baal HaSulam). Os Escritos de Última Geração, Parte Um, Seção 9.

2. “Nunca houve bondade como a encontrada com Abraão… e ele trouxe paz entre uma pessoa e seu próximo, pois foi o pai de muitas nações, porque esse é o único que une e faz a paz entre todas as criaturas”. Gevurot HaShem, Capítulo 6.

3. “Além disso, depende da nação Israelita qualificar a si mesma e todos os povos do mundo a se desenvolver até tomarem para si essa obra sublime do amor ao próximo, que é a escada para o propósito da criação, que é Dvekut com ele”. Rav Yehudah Ashlag (Baal HaSulam), “O Arvut (Garantia Mútua)”, seção 20.

4. “Através do povo de Israel, que está mais preparado do que todos os outros povos para se aproximar do Criador, a abundância vai ser doada ao resto dos povos”. Rav Baruch Shalom HaLevi Ashlag (Rabash), Cartas, “Carta 18″.

5. “A casa foi arruinada por causa do ódio infundado. Seus corações se dividiram e eles foram separados e eram inadequados para um Templo que é a unificação de Israel”. Rabino Israel Segal, Netzah Israel, Capítulo 4. Obtida de http://huffingtonpost.com/michael-laitman/when-we-are-united-isis-i_b_8717558.html

6. “É uma vergonha admitir que um dos mais preciosos méritos que perdemos durante o exílio e o mais importante deles, é a perda da consciência da nacionalidade, ou seja, esse sentimento natural que conecta e sustenta cada nação. Os fios do amor que conectam a nação, que são tão naturais e primitivos em todas as nações, tornaram-se degenerados e separados de nossos corações, e eles sumiram”. Rav Yehudah Ashlag (Baal HaSulam), A Nação.

7. “Israel traz Luz ao mundo, como é dito, (Isaías 60:3) ‘E as nações andarão na tua luz’”. Midrash Rabbah, Shir HaShirim, Seção 4, Verso 2.

8. “Quando Israel for elevado de acordo com sua verdadeira qualidade interna, dando a todo o mundo uma forma nova e corrigida, não só Israel será elevado, mas o mundo inteiro. Então começará uma nova era em que não há nenhuma mistura de sujeira má; maldade e insurgência não funcionarão contra ele, raiva e tristeza não podem dominar dentro dele, e a preocupação com o equilíbrio do mundo não será capaz de surgir no coração. Então a força bruta será essencialmente eliminada e a espada perderá sua grande importância e se tornará uma completa desgraça”Rav Raiah Kook, Ein Aya, Shabbat 2 Jerusalém 5660, páginas 98-99.

9. Ford, H. (1949). The International Jew: the World’s Foremost Problem. Biblioteca de Alexandria. PP. 51-52.

Publicado originalmente no Ynet

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