Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

10 Coisas Que Devemos Saber Sobre Antissemitismo—Se Queremos Impedi-lo

Creio que chegou a hora de clarificar alguns mal entendidos sobre Antissemitismo.

1) O que é o Antissemitismo e o que não é? Antissemitismo não se trata de disputas religiosas. O Holocausto nada teve a ver com religião e tudo a ver com raça. Mas Antissemitismo também não se trata de raça, uma vez que os Cristãos na Idade-Média e hoje os Muçulmanos citam razões religiosas. Antissemitismo também não é pelos Judeus serem ricos, uma vez que a maioria dos Judeus que foram mortos em pogroms na Europa do Leste e no Holocausto eram desprovidos e praticamente sem um tostão. Isto não lhes venceu qualquer mercê. Hoje o Antissemitismo está disfarçado de Anti-Israelismo, mas não devemos esquecer que os piores horrores ocorreram aos Judeus quando não havia estado de Israel para culpar. Na realidade, o Antissemitismo é um intenso pressentimento que os Judeus são a causa de todos os problemas no mundo. É por isso que há Antissemitismo onde não há quaisquer Judeus e o por quê dos Judeus serem culpados por problemas que não podem logicamente ser atribuídos a eles.

2) Bodes expiatórios fáceis: A contínua narrativa é que quando quer que as coisas fiquem más, os Judeus são o bode expiatório mais fácil, então os líderes e legisladores desviam a ira do público para eles. Este não é o caso. As pessoas sentem sempre que os Judeus são culpados por tudo o que há de errado; é simplesmente que quando a vida é tolerável a ira para eles é camuflada por uma capa de cultura e politicamente correcto. Desta forma, quão pior vão as coisas no mundo inteiro, mais podemos esperar que o Antissemitismo aumente.

3) Antissemitismo é um resultado da ignorância: Muitos de nós pensam que os Antissemitismo são ignorantes e desta forma Antissemitas. Aqueles que assim pensam acreditam que se os Antissemitas soubessem quanto os Judeus contribuíram para a ciência, cultura e artes mundiais, eles mudariam suas opiniões sobre nós. Certamente, alguns Antissemitas são ignorantes. Mas a maioria deles, especialmente os ferozes e sinceros entre eles, são pessoas bem educadas. Eles sabem muito bem o que o Judaísmo fez pelo mundo, mas não se importam pois sentem que em comparação com o mal que os Judeus estão a causar, nossa contribuição é inconsequente. É assim quão demoníacos eles nos vêem.

4) É um problema político: Muitos Judeus sentem que se Israel permitisse mais liberdade aos Palestinianos ela mitigaria o Antissemitismo. É claro que devemos ser tão humanos quanto possível para todas as pessoas. Mas pensar que dar aos Palestinianos terra venha a mitigar o Antissemitismo é simplesmente sonhar acordado. O Antissemitismo existe antes do estabelecimento do estado Judeu e continuará a existir até se abdicarmos do país inteiro para os Palestinianos, pois a terra não é o problema, é esse pressentimento acima descrito.

5) Nossa dádiva para o mundo: A única coisa que nós Judeus demos e que todos adorariam abraçar é o princípio, “ama teu próximo como a ti mesmo.” Todavia, o argumento mais apaixonado dos Antissemitas é que nós somos belicistas e espalhamos o ódio pelo mundo. Este é o exacto oposto do princípio com que todos concordam ser maravilhoso e que ninguém consegue implementar.

6) Mantermos nossa palavra: Continuando o item 5, a única coisa que o mundo gostaria que dessemos, somando ao princípio que já demos, é um modo de o implementar. Com o mundo à beira do caos global, a habilidade de vivermos de acordo com este conceito é a única coisa que todos necessitam desesperadamente, apaixonadamente vão abraçar e que vai dissipar o Antissemitismo. Porém, depende da nossa habilidade provar que mantemos nossa palavra, que praticamos o que pregamos.

7) Quem é seu inimigo? De acordo com o item anterior, nosso principal desafio não é o ISIS. Também não é o Fatah, ou até o Antissemitismo aberto da ONU. Nosso principal desafio é nosso próprio ódio de uns pelos outros. Não conseguimos oferecer uma solução viável para as nuvens de guerra que se juntam no horizonte a menos que implementemos o princípio que “exportámos” entre nós inicialmente. Ao mesmo tempo, não nos podemos sentar inactivos e deixar que estas nuvens chovam pois o mundo dirá que as trouxemos sobre eles.

8) Não mude; conecte-se acima das diferenças: A beleza da solução “ame seu próximo como a si mesmo” é que não precisamos de concordar com nada. Podemos continuar a discordar alegremente com qualquer coisa e com tudo debaixo do sol: como solucionar os problemas de segurança de Israel, por que o mundo nos odeia, como inverter o aquecimento do clima, as origens do Faláfel, ou se os Cleveland Cavaliers devem todo seu sucesso a LeBron James ou talvez o crédito deva ir para o Treinador David Blatt. Não precisamos de nos preocupar com nossos desacordos; nós precisamos de nos preocupar com nossos corações! Quanto mais podemos unir nossos corações acima dos desacordos, melhor exemplo daremos ao mundo. Um povo Judeu unido não pode ser considerado belicista, uma vez que nossa união não está direccionada contra ninguém; ela é união pelo bem de desfrutar dos seus benefícios.

9) Dar um exemplo: Como dito acima, os Antissemitas culpam-nos por causarmos todos os problemas no mundo. Mas pense sobre isto: Alguma vez olhou para uma pessoa aparentemente pacífica e pensou, “Ele é belicista?” De acordo com isso, quando deixarmos de discutir entre nós o mundo nos considerará pacíficos. Nos tornaremos um exemplo de implementar o princípio, “ame seu próximo como a si mesmo,” que todos tanto anseiam. Quando as pessoas nos vêem como um exemplo de cuidado mútuo e responsabilidade mútua, elas não mais nos odiarão.

10) Um passo de cada vez: “Ame seu próximo como a si mesmo” foi uma meta sublime até na antiguidade, tanto que Hilel o Ancião disse que podemos começar de “Aquilo que você odeia, não faça aos outros.” Este ponto de partida também resultará para nós. Conexão e amizade são mais que meios para uma vida mais divertida; eles são literalmente um salva-vidas.

Publicado originalmente no Jewish Journal

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