Dr. Michael Laitman Para mudar o Mundo – Mude o Homem

Nazismo à Porta de Casa da América

Membros do Movimento Nacional Socialista "saúdam" um orador durante uma manifestação neo-nazi no Tribunal do Estado de Jackson em 9 de Novembro, 2013 em Kansas City, Missouri. A data é o 75º aniversário do Kristallancht, quando as tropas especiais nazis e outros mataram quase uma estimativa de 91 judeus, destruíram sinagogas, lares judaicos e lojas e iniciaram o processo que veio a ser o Holocausto. REUTERS/Dave Kaup (ESTADOS UNIDOS - Etiquetas: AGITAÇÃO CIVIL POLÍTICA) - RTR3NLCN

Quando o assassinato a sangue frio é cometido e até encorajado, em nome do liberalismo, um sério alarme deve soar pelo país. Estando a esquerda desenfreada, o Nazismo vai agarrar a terra dos livres.

Em Dezembro de 1964, o Movimento da Liberdade de Expressão foi iniciado na UC Berkeley quando estudantes que transportavam um cartaz de “Liberdade de Expressão” exigia o direito para exprimirem suas visões livremente. Em Março de 2017, a liberdade de discurso faleceu na UC Berkeley quando estudantes queimaram um cartaz de Liberdade de Expressão numa tentativa de silenciar apoiantes do Presidente Donald Trump.

No dia da queima, Loretta Lynch, antiga Advogada Geral na administração de Barack Obama, recomendou numa gravação vídeo que as “pessoas vulgares, que vêem aquilo que precisa de ser feito,” tomem acção. Ela lembrou aos seus espectadores que no passado, as pessoas “marcharam, sangraram e sim, algumas delas morreram.” Em conclusão, ela declarou, “Fizemos isto antes; podemos fazê-lo de novo.”

Três meses mais tarde, em 14 de Junho, de 2017, um “homem comum de 66 anos casado com o nome de James T. Hodgkinson, que por acaso compartilhava das visões políticas de Lynch e também era activista político para Bernie Sanders nas recentes eleições, fez exactamente aquilo que a Advogada Geral havia sugerido. Hodgkinson se armou com uma pistola e alvejou um membro sénior do Partido Republicano, o Congressista Stephen Joseph Scalise, enquanto o último jogava basebol, o jogo mais característico da América.

o acto horripilante de Hodkinson e o chamamento arrepiante de Lunch são parte de uma campanha que se não for impedida, vai acabar com a democracia na América. A comediante Kathy Griffin publicou uma imagem de si mesma a segurar uma máscara da cabeça decepada do Presidente Trump coberta de sangue. O artista rap e actor Snoop Dog produziu um vídeo onde ele aponta uma arma falsa à cabeça de Trump, dispara-a e sai um sinal de “Bang” do cano da arma. Posteriormente, o presidente é visto atado e humilhado. Bem recentemente, uma produção de verão de Shakespeare de Júlio Cesar apareceu para retratar o ditador romano enquanto Presidente Trump.

Três dias antes do tiroteio do Congressista Scalise, o blog popular de esquerda Huffington Post publicou um ensaio intitulado “Impugnação Não É Suficiente; Donald Trump Deve Enfrentar a Justiça.” O subtítulo dizia o seguinte: “Impugnação e remoção do activo são apenas os primeiros passos; para a América se redimir, Donald Trump deve ser processado por traição e se condenado num tribunal de lei, executado.”

Mas a materialização das ameaças não impediram os extremistas. Pelo contrário, ela os encorajou! A congressista republicana Claudia Tenney recebeu um email que dizia, “Um já está, faltam 216.” Subsequentemente, o email continuava, “Vocês NÃO esperavam isto? Quando retiram as próprias vidas das pessoas comuns para recompensar os mais ricos entre nós, as vossas próprias vidas são confiscadas.”

Quando a Hipocrisia e a Superioridade Moral Tomam o Leme – Cuidado!

Eventos dramáticos tais como o tiroteio do congressista agitam-nos por dentro. Por esta razão, eles são uma grande oportunidade para mudar de curso. Disse o congressista Rodney Davis (R) a Brianna Keilar da CNN: “Este ódio que vemos neste país hoje pelas diferenças políticas tem de parar.” No mesmo tom, a democrata Nancy Pelosi, a Líder Minoritária da Casa dos Representantes, afirmou, “É uma injúria na família” e pouco depois acrescentou ela, “Usaremos esta ocasião como uma que nos aproxime, não que nos separe mais.”

Todavia, a menos que o governo americano actue em consenso com a ampla maioria dos membros do Congresso, de ambos os lados do mapa político, o choque inicial vai esvaecer e o ódio vai preencher o ar novamente. O próximo incidente será pior é certo.

Desde o começo dos anos 60 que a América tem cultivado uma cultura de liberalismo. O liberalismo é uma ideia óptima desde que aqueles que o lideram reconheçam que são ainda assim seres egocêntricos. Se nos esquecermos disto, então em vez de nos concentrarmos na justiça social e na liberdade para todos, nos centramos em nós mesmos e condenamos qualquer um que não concorde connosco, ignorante, mentecapto e por fim um verme que deve ser exterminado.

Por outras palavras, o egocentrismo na política conduz ao nazismo. Não há modo de lhe escapar a menos que mudemos a inclinação natural do homem.

A América de hoje está a um passo do nazismo. Portanto, a transformação pela educação deve ser aplicada à nação inteira se ela quer ter sucesso.

Para entender como o egocentrismo conduz à hipocrisia, que deforma as mentes das pessoas para realizarem as acções mais atrozes, veja estas publicações que o atirador escreveu no Facebook. Segundo a CNN, ele escreveu, “Trump é um Traidor. Trump Destruiu Nossa Democracia. Está na Hora de Destruir o Trump & CIA.” Em Fevereiro, pouco antes do vídeo de ódio de Lynch ter surgido, ele escreveu isto: “Os republicanos são os talibãs dos EUA.”

Claramente, este homem, que foi activista para o auto-proclamado liberalista Bernie Sanders durante a última campanha, não viu que ele se havia tornado aquilo que ele via em Trump: um terrorista fascista, um nazi. Pior ainda, ele acreditava na sua superioridade moral simplesmente porque fazia campanha por alguém que declara ser socialista, liberalista, um homem de visões “progressistas”.

É terrível quando as pessoas se tornam assassinos. Mas quando elas se acham no direito e se tornam assassinos hipócritas, que sentem que têm a superioridade moral que justifica seus assassinatos, esta é uma receita para um banho de sangue nacional.

Os Méritos da Diversidade

Em meses recentes, escrevi várias vezes sobre a necessidade de um programa nacional para ajudar as pessoas a se conectarem e solidificarem suas comunidades. Escrevi sobre isso especialmente no contexto da crescente urgência para achar uma solução para o desemprego permanente em massa.

Todavia, o desemprego é um processo em evolução e há tempo suficiente para nos prepararmos para isso. Esse não é o caso com a polarização crescente na sociedade, a demonização de pessoas e partidos para suas perspectivas políticas pessoais e a legitimação do uso de armas de fogo para alcançar metas políticas.

Se o Congresso e a administração Trump querem aproveitar o momento, eles devem falar com uma voz sobre os méritos da diversidade. Os representantes do público devem abraçar todas as visões com uma única condição: Demonizar a visão de outra pessoa está estritamente proibido. Por outras palavras, podemos ter visões diferentes e até opostas, mas devemos todos reconhecer que a sociedade é um todo que é composto da soma das suas partes e a diversidade é aquilo que a mantém forte e saudável.

Pense na sociedade como um organismo onde cada pessoa é uma célula e cada partido, um órgão. Imagine que o Partido Democrata é o cérebro e o Partido Republicano é o coração, ou o inverso (não faz diferença pra o efeito da questão). Será que o organismo consegue sobreviver sem um deles?

Identicamente, verdadeiro pluralismo significa que não só permitimos que nossos desacordos permaneçam, mas que os acarinhamos, pois juntos eles nos permitem criar um todo que é composto de todos os pontos de vista. Estas visões divergentes são vitais para fortalecer a saúde da sociedade. Quando só uma posição domina, acabamos no nazismo.

No começo dos anos 50, Rav Yehuda Ashlag, autor do mais extenso e profundo comentário sobre O Livro do Zohar até à data, escreveu uma composição muito especial. Ele chamou-lhe Os Escritos da Última Geração. Nesta composição, ele analisou o que conduziu à ascensão da Alemanha nazi e o que ele anteviu para o futuro da humanidade. Na secção “O Nazismo Não é um Derivado da Alemanha,” escreveu ele, “O mundo erroneamente considera o nazismo um derivado especifico da Alemanha. Na verdade, ele é um derivado da democracia e socialismo que foram deixados sem condutas e justiça [referindo-se ao egoísmo desenfreado]. Portanto, todas as nações nisso sendo iguais; não há esperança que o nazismo pereça com a vitória dos aliados, pois amanhã os anglo-saxões adoptarão o nazismo, uma vez que, também eles, vivem num mundo de democracia e de nazismo.”

No Livro do Zohar, nossos sábios ofereceram um remédio exacto que tem sido a origem da força e solidariedade judaica durante as eras: Quando o ódio irrompe, não o combata, mas em vez disso adopte o amor até que ame o seu próximo como a si mesmo. Na porção Aharei Mot, está escrito no Zohar, “Vejam, quão bom e quão suave é que os irmãos se sentem juntos, inicialmente, eles parecem pessoas em guerra, desejando se matar uns aos outros. Então, eles retornam a estar em amor fraterno. Doravante, também vós não vos separais … e pelo vosso mérito haverá a paz no mundo.”

Portanto, para lidar com a crise que no presente se revela na América, proponho que o incitamento seja proibido imediatamente e que ambos os partidos apoiem esta medida. Proponho também que workshops organizados sejam conduzidos por toda a nação, líderados por instrutores com comunicação interactiva com os facilitadores de toda a região. Nos workshops, os participantes vão deliberar os problemas mais prementes do dia na América, mas também o farão segundo três regras simples que se forem seguidas, vão gerar conexão entre os participantes em vez da presente atmosfera de alienação e inimizade. As regras são 1) os participantes contribuem com suas visões, mas não pisam ou invalidam outras visões (até se discordarem); 2) toda a pessoa fala na sua vez; e 3) o tempo para falar é limitado a um minuto.

Estes workshops não são workshops vulgares. Eles não suprimem o ego ou abafam nossa individualidade. Pelo contrário, eles alimentam ambos em prol de criar um todo mais cheio, forte e versátil composto das contribuições de todos os participantes no workshop. Deste modo, todos os participantes sentem que são escutados, respeitados e aceites.

O ego não deve ser subjugado, mas somente usado em favor da sociedade em vez de contra ela. O ego de todo e cada um de nós deve ser ensinado a trabalhar na direcção da união. Devemos aprender a usar nosso individualismo em questões pró-sociais em vez de anti-sociais. Somente quando tornarmos nossa união social nosso principal valor seremos capazes de alcançar a paz na nossa sociedade.

No clima político de hoje, esta mudança é mais que necessária; ela é o único modo para evitar um desastre completo.

Publicado originalmente no World Israel News

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